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A partir da amêndoa do caroço de manga misturada à um biolpolímero natural, o PHBV, 30 pesquisadores de 4 instituições coordenadas pela Embrapa, criaram um tipo de plástico biodegradável que pode ser aplicado à indústria alimentícia, para composição de embalagens seguras, no setor médico para composição de matrizes ósseas, entre outras utilidades.

Um dos maiores produtores de manga do mundo, segundo o IBGE, o Brasil produz  mais de 1 milhão de toneladas de manga por ano. O descarte dos caroços, resultante do  processamento industrial de sucos e polpas corresponde a 40 e 60% do volume. 

O objetivo do projeto  foi dar uso e agregar valor a esse resíduo de grandes volumes e alto impacto ambiental. “O desenvolvimento de novos biocompósitos pode ser um caminho viável para o aproveitamento de coprodutos industriais na fabricação de itens inovadores e sustentáveis”, afirma a pesquisadora da Embrapa Edla Lima, que lidera os estudos. 

Há mais de quinze anos, a pesquisadora Rossana Thiré do Laboratório de Biopolímeros da Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Coppe/UFRJe sua equipe desenvolvem pesquisas com polímeros a partir de matrizes orgânicas para a área de alimentos (embalagens alimentícias, filmes de proteção de alimentos, copos e talheres) e de bioengenharia (matrizes ósseas, fios de sutura de pele, moldes biocompatíveis). “Devido à sua abundância e renovabilidade, a utilização de resíduos agrícolas como matérias-primas é vantajosa para a economia, o meio ambiente e a tecnologia, devido à sua baixa demanda de energia de fabricação, baixa emissão de CO2 e alto nível de biodegradabilidade.

O uso dos  novos biocompósitos visam substituir os polímeros de petróleo utilizados com essa função. Apesar de serem ainda 12 vezes mais caros que os polímeros gerados a partir do petróleo, eles levam apenas cerca de dois meses para se decompor no meio ambiente, o que no final das contas, segundo a pesquisadora, compensaria pelo simples fato de evitar a geração de impactos ambientais que permaneçam por mais de um século.

pesquisadores

 

Participam do estudo a equipe de pesquisa da Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ), em parceria com a Embrapa Instrumentação (SP), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e Centro de Tecnologia Mineral (Cetem).

Fonte:Embrapa Agroindústria de Alimentosplás

 

 

 

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